O dia 30 de novembro é marcado pela comemoração do Dia da Amizade entre o Brasil e a Argentina, países que além de vizinhos são parceiros históricos em diversas vertentes, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do outro.
A definição do dia 30 de novembro como data dessa comemoração foi instituída em 2004 pelo então presidente da Argentina Néstor Kirchner, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva através da assinatura da Ata de Copacabana. Essa data remete a um encontro histórico que aconteceu em 30 de novembro de 1985 em Foz do Iguaçu, quando os presidentes Raúl Alfonsín e José Sarney se encontraram após a saída dos militares da cidade, evento que marcou o início da redemocratização dos países, dando início também a diversos acordos bilaterais para a promoção dos países e da ideia do que poucos anos mais tarde viria a ser o bloco econômico Mercosul, que integra hoje o Brasil, a Argentina, Paraguai e Uruguai.
Além de estimular fortemente o comércio e as relações econômicas, esse encontro histórico também foi importante para estimular a promoção das instituições de ensino como difusoras da cultura e da história entre os dois países para a criação de acordos que facilitem a mudança de brasileiros para o território argentino e vice-versa, a igualdade de direitos civis entre a população dos dois países e o acesso à educação, ao trabalho e à saúde através de trabalhos conjuntos.
Como funciona o Comércio Exterior entre os dois países?
No ano passado, a Argentina foi o destino de 4,06% de todas as exportações brasileiras e responsável por 4,97% das nossas importações. A Argentina é atualmente a 3ª principal parceira brasileira nas exportações e a 4ª no ranking das importações, ficando atrás de gigantes como China, Estados Unidos e União Europeia, apenas.
Neste ano, as exportações brasileiras já atingiram a marca de US$9,87 bilhões, e as importações, US$9,36 bilhões, gerando um saldo positivo de US$509,7 milhões para o Brasil.
Os produtos oriundos da indústria de transformação são predominantes tanto nas importações como nas exportações entre o Brasil e a Argentina, tendo como os principais itens exportados pelo Brasil: os veículos automóveis de passageiros, as partes e acessórios desses veículos, produtos de ferro e de aço, minério de ferro, veículos para transporte de mercadorias, papel, motores, dentre muitos outros itens, cujo valor acumulado nos dez primeiros meses deste ano já superou em 45,4% em relação ao mesmo período de 2020.
Nas importações de produtos argentinos pelo Brasil, os veículos automóveis para transporte de mercadoria possuem a maior participação do ano, 20%, em seguida o trigo, veículos para transporte de passageiros, energia elétrica e diversos itens da indústria de transformação.