No início deste mês de novembro, o governo brasileiro anunciou que cerca de 87% dos bens e serviços importados pelo Brasil terão suas tarifas de importação reduzidas em 10%, esse novo regulamento valerá até o dia 31 de dezembro de 2022. Bens como automóveis e do setor sucroalcooleiro são alguns que ficaram de fora dessa decisão, pois já possuem um tratamento diferenciado pelo Bloco.
Inicialmente, essa decisão não poderia ser tomada de forma unilateral, mas apenas com o aval dos demais países do Mercosul. No entanto, o Brasil conseguiu essa brecha sob a justificativa de que o país precisa retomar a economia, o bem estar socioeconômico e até mesmo prezar pela saúde da população após tantos meses de pandemia e de prejuízos acumulados para os mais diversos setores.
O Brasil já vinha tentando obter essa redução nos últimos meses, no entanto, não conseguiu chegar a um consenso com a Argentina, que propôs que a redução fosse limitada a 75% da pauta comercial, o Uruguai, no entanto, demonstrava apoio ao Brasil nessa decisão e até sugeriu que a redução fosse mais agressiva, de 20%. A TEC média do Mercosul está em torno de 13% atualmente, contra a média de 4% a 5% observada nos demais países.
A intenção do Ministério da Economia ao tomar essa decisão foi de causar um choque de oferta a fim de tentar conter a inflação, injetando assim mais produtos no país, fazendo com que os preços caíssem. O Brasil vem demonstrando claros sinais de abertura econômica nos últimos anos, almejando novos acordos com diversos países, desburocratizando processos de importação e exportação e reduzindo tarifas para incentivar a economia.
Ainda na tentativa de tentar controlar a inflação, um dos principais problemas que afetam o Brasil atualmente, o ministro da economia anunciou que alguns setores precisam de mais incentivos e que essa redução no imposto de importação não seria suficiente para a recuperação, mas uma alíquota zero.
Aguardemos as próximas decisões que poderão beneficiar as empresas nacionais!